sexta-feira, dezembro 31, 2004

Bom Ano Novo

Caríssimos, desejo a todos um excelente Ano 2005, que este novo ano vos traga muitas alegrias.
Saúde, paz e sucesso escolar.

Um 2005 melhor...

O GES-FLUP deseja a toda a comunidade sociológica da FLUP uma óptima entrada em 2005. Que o melhor de 2004 seja o pior de 2005!
Divirtam-se e até 2005... de volta com muita sociologia daquela mesmo bem feita!

O GES-FLUP

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Publicar posts e comments

Caros colegas e amigos:

A pedido de várias famílias, aproveitamos para reiterar o nosso desejo de que se inscrevam como dinamizadores do blog. Para tal, basta - como sabem - que enviem um mail para ges-flup@portugalmail.pt, de modo a que vos possamos enviar um invite para criarem a vossa conta no blogger.
São benvindos todos os contributos dos estudantes de Sociologia da FLUP (e não só...), estejam eles ou não directamente relacionados com o debate sociológico propriamente dito. De facto, o curso também é feito de outras coisas... Entretanto, pedimos que o debate de pontos de vista seja calmo e argumentativo.
Aproveitamos ainda para lançar um tema para discussão: agora que passou a "febre natalícia", como interpretar sociologicamente as principais características deste período?

Fica aqui a dica. Participem!

O GES-FLUP

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Um abraço especial...

Aproveito para desejar um grandíssimo Natal (como diria o saudoso Paulo Futre) a toda a malta de Sociologia da FLUP - professores incluídos... afinal de contas, é Natal, tempo de paz e compreensão - e, em particular, à "Vanguarda na Rectaguarda". Vocês sabem quem são! Assumam-se!

Tiros certeiros, mas carinhosos para todos!

O comunicado institucional que se aguardava

O GES-FLUP deseja a todos os seus sócios e a toda a comunidade sociológica da FLUP e - porque não? - do país e do mundo um óptimo Natal, repleto de reflexões daquelas bem profundas e, claro, muita imaginação sociológica.

Já agora, aproveitam a época para, generosamente, contribuir para a dinamização do nosso singelo blog!

Bom Natal!

quinta-feira, dezembro 23, 2004


Feliz Natal para todos... Posted by Hello

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Para saberem do que estou a falar...

Para saberem do que estou a falar - e se ainda não perceberam... - vejam a edição de ontem (14 de Dezembro) do JN (o artigo sui generis sobre a Quinta das Celebridades numa das últimas páginas). Muito bom.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Quinta das celebridades sociológicas

Malditos jornalistas do JN, sempre a oferecerem aos sociólogos e investigadores da FLUP a oportunidade de mandarem a sua posta sobre tudo e mais alguma coisa, desde a actualidade política aos 4-1 do Belenenses ao Benfica, passando pela discussão sobre se o tremoço é ou não um marisco e, como não podia deixar de ser, pela análise desse evento sociológico ímpar que é a Quinta das Celebridades.
É assim mesmo! Há que afirmar a Sociologia que se faz nesta casa, como a Sociologia atenta, esclarecida e sempre em cima dos acontecimentos que ela é! Quem sabe, poderemos ter um dia destes uma Quinta só com celebridades sociológicas... Ah, que belo dia em que a Sociologia receberá finalmente os créditos que merece! Muita audiência ganhará ainda a TVI à custa desta fundamental disciplina. O JN é que sabe... já se adiantou e está na frente das estratégias ganhadoras de venda de jornais! Um sociólogo por dia, dá opinião e alegria!
Viva a Sociologia! Por tudo e por nada!

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Reunião Geral de Estudantes de Sociologia!!!

Realiza-se na próxima 5ª Feira, dia 16 de Dezembro, uma Reunião Geral de Estudantes de Sociologia da FLUP. A reunião é aberta à participação de TODOS os estudantes de Sociologia da FLUP, independentemente de serem ou não sócios do Ges. O local de encontro é no bar da FLUP, pelas 14h, e a ordem de trabalhos proposta é a seguinte:

1) Actividade GES-FLUP: balanço e propostas
2) Eleições GES-FLUP 2005

Malta, façam os possíveis por aparecer! É importante reunirmos antes das férias do Natal. Há muita coisa para tratar e é preciso a ajuda de todos!
Se não participarem, ninguém o fará por vocês!

Humildade intelectual precisa-se?

Há alguns dias, numa workshop sobre o que significa, afinal, ler Bourdieu, Patrick Champagne fez questão de realçar a "poluição" que caracteriza frequentemente o debate intelectual e a produção teórico-sociológica, aproveitando para lembrar a importância de submeter a constante crítica as nossas próprias contribuições para esse debate e essa produção. Muitas vezes, temos tendência para nos pormos "em bicos de pés", para sobrevalorizarmos as nossas opiniões - a visão "certa" do mundo, de certeza absoluta! -, esquecendo que, como dizem os outros, "we're standing on the shoulder of giants". As críticas a que são submetidos os trabalhos desses "gigantes" nem sempre são honestas e coerentes e, não raras vezes, não passam de jogadas nas "insustentavelmente leves" estratégias que os dominados colocam em jogo no seu processo de luta pela aquisição de um estatuto dominante no campo intelectual e/ou académico.
Erguemo-nos sobre os ombros de gigantes e nem sequer olhamos para baixo... na verdade, é mais reconfortante constinuarmos a pensar que os gigantes somos nós! A sociologia não é imune às dinâmicas da sociedade como um todo e o que é facto é que há quem pareça não caminhar, mas sim flutuar a alguns centímetros do chão...
A verdade é que se, porventura, dizemos coisas melhores, fazemos coisas melhores, isso deve-se essencialmente aos gigantes sobre os quais nos erguemos. Esquecer esse facto significa atirar fora todo um património histórico e teórico sem o qual o nosso trabalho seria muito difícil e sem o qual o conhecimento da realidade estaria num patamar inevitavelmente insípido.
Humildade intelectual precisa-se?

domingo, dezembro 12, 2004

CÓDIGO DEONTOLÓGICO

Caros colegas!

Com o desejo de Boas Festas, um bom Natal e Feliz Ano Novo, dou inicio à publicação de hoje.
A motivação, a mesma de sempre... o gosto pela comunicação e escrita, atrai-me a estes sitios e porque na verdade, a dinâmica deste blog, aínda não é a pretendida. Pelas opiniões auscultadas e comentários, julgo que a breve trecho, será uma realidade o aparecimento de mais colaboradores.
No que me diz respeito, irei aparecendo. Apesar de não ter conhecimentos para editar directamente em html, faço o possível e tentarei melhorar a forma de apresentação.
Hoje, resolvi transcrever do site da Associação Portuguesa de Sociologia, o código deontológico do sociólogo na medida em que o mesmo foi apresentado aos alunos do 1º ano, esta semana. Aproveito tambem, para aconselhar a visita ao sitio vale a pena visitar e porque não colaborar? A associação também está aberta à inscrição de estudantes.





CÓDIGO DEONTOLÓGICO

Aprovado em Assembleia Geral da A.P.S.
a 13 de Abril de 1992



PREÂMBULO

A actividade profissional dos sociólogos é uma prática social: desenvolve-se em sociedade e produz efeitos sociais. O reconhecimento das responsabilidades profissionais e sociais que necessáriamente daqui decorrem está na base da elaboração do Código Deontológico dos sociólogos.
Quaisquer que sejam os papéis profissionais dos sociólogos – de investigador, professor, técnico, consultor, quadro dirigente ou outros – o trabalho sociológico é uma actividade de base científica, assente em competências próprias de elevada qualificação, decorrentes de uma preparação específica em sociologia, nos planos teórico, metodológico, técnico e relacional.
O exercício dessas competências pressupõe grande autonomia de critérios no desempenho da actividade profissional. Em contrapartida e indissociavelmente, implica consideráveis responsabilidades profissionais e sociais.
O Código Deontológico tem como preocupação fundamental explicitar os principais tipos de responsabilidades dos sociólogos para com financiadores e clientes, alunos e colegas, inquiridos e entrevistados, grupos e instituições alvo de pesquisa ou intervenção, outras fontes de informação e contextos sociais que possam ser afectados; em termos gerais, responsabilidades para com a sociologia e a sociedade.
A prática sociológica partilha princípios gerais da ética científica. Mas reconhece que a ciência é ela própria uma instituição social; que se tem vindo a desenvolver várias maneiras de entender a prática sociológica; e que a actividade profissional dos sociólogos inclui, a par da investigação científica, outras dimensões do relacionamento social e outros papéis profissionais, com as suas exigências deontológicas próprias.
A pluralidade é um dado constitutivo do campo da sociologia, designadamente quanto aos quadros teóricos, métodos de pesquisa e saberes operatórios susceptíveis de orientarem a prática científica e profissional. As perspectivas e os instrumentos são diversificados e evoluem com o tempo. Os papéis profissionais dos sociólogos são vários, estão em transformação e, no respectivo desempenho, não é raro verificar-se alguma sobreposição de papéis.
A formulação dos princípios deontológicos dos sociólogos não ignora aquisições cognitivas fundamentais da sociologia, nomeadamente quanto ao carácter relacional, socialmente construído e mutável da realidade social, quanto às assimetrias de recursos e poderes existentes na sociedade e quanto à diversidade e relatividade das culturas.
Na investigação científica, no ensino, na acção técnica ou em qualquer outra vertente da prática profissional dos sociólogos estão sempre implicados interesses e valores. A própria sociologia tem dado importantes contributos para a compreensão de que esses interesses e valores podem ser diferentes ou mesmo conflituais, e de que não é possível ordená-los segundo uma escala de prioridades única e imutável.
É possível ocorrerem situações em que interesses de conhecimento e valores da prática científica não sejam facilmente compatibilizáveis com interesses e valores predominantes noutros domínios ou sectores sociais. É também usual o sociólogo defrontar-se com discrepâncias de interesses e valores entre cliente e grupo alvo de pesquisa ou intervenção; ou, em termos latos, entre diversos segmentos da sociedade sobre os quais incida, de algum modo a sua actividade profissional.
Um dos principais objectivos do Código Deontológico é constituir uma referência que ajude a ultrapassar potenciais situações de dúvida ou conflito ético no exercício da actividade profissional dos sociólogos, nomeadamente os decorrentes da pluralidade constitutiva da sociologia e da sociedade.
O Conselho de Deontologia é um corolário e um complemento do Código Deontológico.
O Código Deontológico dos sociólogos é um enunciado de princípios. Nas situações concretas da prática profissional poderão não ser sempre ou imediatamente inequívocas, à luz desses princípios as implicações deontológicas. Não é viável pormenorizar todas as circunstâncias particulares da actividade profissional. Pode acontecer que, na sua aplicação a determinados casos, diferentes princípios do Código Deontológico se revelem dificilmente conciliáveis entre si. As condições e modalidades de exercício da profissão, os conhecimentos disponíveis e a própria sociedade estão em constante mutação.
Nestas condições, o Conselho de Deontologia, visando pronunciar-se sobre situações de eventual desrespeito, do Código Deontológico, tem sobretudo como incumbências a sensibilização, o esclarecimento, o aconselhamento, a arbitragem, a acumulação de exemplos e o aprofundamento das interpretações, perante problemas deontológicos que lhe sejam colocados.
O Código Deontológico vincula os membros da A.P.S., e todos os que a ele queiram aderir enquanto referência para o exercício da actividade profissional de sociólogo. A condição mais importante para a aplicação apropriada do Código Deontológico, bem como o seu progressivo aperfeiçoamento e continuada adequação, é o compromisso para com ele e a discussão crítica das implicações deontológicas da prática profissional, por parte dos sociólogos.
O Conselho de Deontologia tem como incumbências gerais a sensibilização, o esclarecimento, o aconselhamento, a arbitragem, a acumulação de exemplos e o aprofundamento das interpretações perante problemas deontológicos que lhe sejam colocados.
Cabe ao Conselho de Deontologia, em particular, pronunciar-se sobre:
1. Dúvidas apresentadas por sociólogos acerca da aplicação do código deontológico a situações concretas;
2. Reclamações, de profissionais de sociologia ou de outras entidades, acerca de eventuais incorrecções deontológicas na prática profissional de sociólogos.



Código deontológico aplicado ao ensino


1. No ensino e orientação, os sociólogos devem Ter em conta a natureza específica da prática docente e as competências requeridas para o seu exercício.
2. No exercício da prática docente, é dever dos sociólogos apresentar aos alunos a pluralidade paradigmática que é própria da sociologia e a diversidade de papéis profissionais em que ela se desdobra, bem como sensibilizá-los para as implicações deontológicas da prática sociológica.
3. Os sociólogos que exerçam actividades de ensino e orientação não devem usar o seu estatuto para coagir alunos e orientandos com o fim de obter vantagens profissionais ou pessoais.
4. Nos trabalhos que apresentem, os sociólogos que exerçam actividades de ensino e orientação têm a obrigação de reconhecer explicitamente as eventuais contribuições de alunos e orientandos, e não devem apresentar como seus trabalhos por eles realizados.


... aplicado à recolha de informação


1. No exercício dos seus papéis profissionais, os sociólogos não devem violar o principio da voluntariedade de fornecimento de informação por parte de indivíduos, populações e instituições.
2. Nos processos de recolha de informação coloca-se frequentemente a questão das diferenças de estatuto entre os sociólogos e os indivíduos, populações e instituições que integram os objectos de estudo. Essas diferenças de estatuto não devem ser manipuladas pelos sociólogos no sentido da obtenção coerciva de informação, nem devem os sociólogos deixar-se manipular pelos informantes.
3. É dever dos sociólogos procurar evitar que da recolha, utilização e divulgação de informação decorram prejuízos para quem a presta ou para aqueles acerca de quem a informação é prestada. Devem, nomeadamente, salvaguardar o direito das pessoas à privacidade e ao anonimato, bem como respeitar a confidencialidade de informações e resultados, em todas as situações em que ela tenha sido acordada.
4. Os sociólogos têm estrita obrigação de velar pela protecção dos arquivos de informações ou bases de dados sujeitos a confidencialidade ou anonimato. Só em caso de absoluta necessidade devidamente justificada poderão esses arquivos ou bases de dados ser transferidos para outros profissionais de sociologia, desde que vinculados a este código deontológico.
5. Nos processos de recolha de informação, os sociólogos devem ter o cuidado de explicitar junto dos informantes a sua identidade profissional, tal como a natureza, objectivos, procedimentos e enquadramentos institucional dos trabalhos que realizam.


... aplicado à produção de conteúdos


1. Nas publicações e relatórios, os sociólogos devem explicitar, de modo adequado, todos os autores que os produziram. Devem ainda mencionar as eventuais contribuições relevantes para a realização dos trabalhos a que essas publicações e relatórios digam respeito.
2. A utilização em publicações, relatórios ou comunicações de partes de textos e de dados de outros documentos ou outras fontes deve ser objecto de referenciação explícita e de acordo com normas habituais de citação bibliográfica. É também obrigação dos sociólogos que utilizem no seu trabalho instrumentos específicos de pesquisa ou intervenção produzidos por outrem (tais como questionários, guiões, tipologias, dispositivos de intervenção técnica ou outros) referenciar devidamente a respectiva autoria.
3. Na elaboração de recensões bibliográficas, na avaliação de artigos com fins editoriais ou noutras actividades relacionadas com a publicação de trabalhos sociológicos, é obrigação dos sociólogos respeitar a pluralidade de orientações teóricas e metodológicas. Não devem permitir que preferências próprias se convertam em formas de exclusão, mas favorecer o debate e a crítica científicas. Devem abster-se de transpor, para actividades de recensão bibliográfica ou avaliação editorial, eventuais diferendos pessoais.
4. Os sociólogos devem sempre responsabilizar-se pela autoria dos documentos que produzam, não prescindindo dos direitos intelectuais correspondentes à elaboração de publicações ou relatórios, sejam quais forem os acordos estabelecidos com outras entidades a respeito dos respectivos direitos económicos.


Relações entre colegas


Os sociólogos têm obrigação de manter uma atitude de exame crítico da sua própria actividade profissional e da dos outros sociólogos, nos planos científico, técnico e deontológico.
É dever dos sociólogos respeitar a dignidade pessoal e profissional dos outros sociólogos. Devem, nomeadamente, respeitar a prática sociológica exercida segundo os diversos paradigmas científicos, procedimentos metodológicos e papéis profissionais constitutivos da sociologia, sem descriminar ou denegrir colegas de profissão com base nessa diversidade, em conflitos de interesses ou em questões de natureza pessoal. Estes princípios de respeito, pluralidade e isenção aplicam-se com particular acuidade ao exercício de actividades de avaliação pedagógica, científica e profissional de outros sociólogos.
Sempre que o exercício da actividade profissional envolva equipas de que façam parte vários sociólogos, sejam essas equipas constituídas expressamente para determinados projectos ou estejam elas inseridas em contextos organizacionais mais permanentes, os termos do relacionamento profissional entre sociólogos devem estar de acordo com os princípios enunciados neste código deontológico. As responsabilidades sociais e as obrigações deontológicas nele previstas estendem-se a todos os sociólogos componentes da equipa.
Perante situações contratuais em que possam vir a substituir outros colegas, os sociólogos devem informar-se sobre as circunstâncias que conduziram a essa substituição, e não devem assumi-la se a razão que lhe esteve na base tiver sido a recusa, por parte dos colegas substituídos, em violar o código deontológico.


Conselho de deontologia


Os sociólogos devem conservar os instrumentos de pesquisa utilizados e os registos da informação recolhida, disponibilizando-os para a consulta por parte de colegas num prazo que seja compatível com os seus próprios interesses e obrigações profissionais, excepto quando os materiais em questão estiverem sujeitos a compromissos de confidencialidade ou anonimato.
O Conselho de Deontologia tem como incumbências gerais a sensibilização, o esclarecimento, o aconselhamento, a arbitragem, a acumulação de exemplos e o aprofundamento das interpretações perante problemas deontológicos que lhe sejam colocados.
Cabe ao Conselho de Deontologia, em particular, pronunciar-se sobre: Dúvidas apresentadas por sociólogos acerca da aplicação do código deontológico a situações concretas; reclamações, de profissionais de sociologia ou de outras entidades, acerca de eventuais incorrecções deontológicas na prática profissional de sociólogos.
Transcrito do sitio da Associação Portuguesa de Sociologia www.aps.pt







sábado, dezembro 11, 2004

Lançamento da "Gestos"

Realizou-se na passada 5ª Feira à noitinha, na Casa da Madeira, o lançamento "oficial" da Gestos, iniciativa que o Ges há muito vinha anunciando mas que se manteve incerta durante algumas semanas. Devemos admitir que a coisa não foi muito bem anunciada, o que explica que apenas cerca de 30 "magníficos" (vulgo estudantes de Sociologia da FLUP) tenham participado no evento. De qualquer modo, a malta estava animada e o que interessa é que a Revista está lançada! Aliás, a venda está a correr bem... cada vez há menos números! Quem ainda não a tem e ainda não se inscreveu como sócio do Ges aproveite agora a oportunidade.
Entretanto, está em preparação o lançamento do concurso para o segundo número da Gestos. Fiquem atentos às condições que oportunamente divulgaremos e participem!

domingo, dezembro 05, 2004

32º 38'28"N / 16º 54'24"W a 500 Km da costa africana e 1300 Km do Porto...

Terra estranha esta onde cresci... cada vez mais... Um verdadeiro case study sociológico!! Pena que são só os coelhos a abrir os olhos.....

sábado, dezembro 04, 2004

"Gestos" - Revista do Ges-Flup

Amiguinhos:
Continua à venda a "Gestos", a revista do Ges-Flup. Por apenas 5 Eur, poderão adquirir o número 1 - especial para coleccionadores - e beneficiar de todo um mundo maravilhoso de sociologia amadora e despretenciosa. Mas que óptima prenda de Natal está à vossa disposição! Comprem já!
Poderão fazê-lo no Instituto de Sociologia ou junto de qualquer posto de revenda autorizada (vulgo "elemento do Ges"). Se ainda não são sócios do Ges, aproveitem a promoção e, ao comprarem a revista, tornar-se-ão imediatamente sócios, usufruindo das nossas fantásticas vantagens.
É a oportunidade da vossa vida! Não a deixem escapar!

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Temas da actualidade

Gostaria de divulgar um texto que é da autoria do José Carlos de Carvalho, Licenciado em Sociologia pela Universidade Autónoma de Lisboa "Luís de Camões" mas que se enquadra nas preocupações actuais da sociedade em geral e como tal objecto de vários estudos. Verifiquei que muitos Sociólogos nacionais e estrangeiros publicam na Web os seus trabalhos e opiniões, para nós estudantes é bom termos a possibilidade de aceder tão fácilmente a estas matérias.

Globalização: Breves Notas

Globalização. Muitas são as reacções a este fenómeno. Existem teóricos, das mais variadas vertentes socio-políticas, que a condenam, interpretando-a como um neo-liberalismo que põe em causa as bases democráticas; tal como existem aqueles defendem-na como factor de desenvolvimento mundial; Por outro lado, existem os que ao apontarem efeitos nefastos, conseguem discernir atenuantes, e pontos considerados positivos nesta temática.

Qual das posições será legítima? E afinal, qual o significado deste termo, actualmente tão em voga?

Na realidade, encontramos um sem-número de definições para "Globalização", e cada uma delas é determinada por um conjunto de factores inerentes a uma multiplicidade de interesses socio-económicos e aprendizagens académicas ou de senso-comum. Se esta é facilmente visivel no plano económico, tem contudo sérias repercussões em qualquer interacção social. A cultura, política, religião, família, trabalho, e outras dimensões societais, são igualmente abrangidas pela globalização.

As empresas nacionais, reúnem esforços com o intuito de se adaptarem à nova realidade mundial, recorrendo a métodos crescentemente apurados de administração, controlo eficaz do capital financeiro, inovação tecnológica, baixos custos de produção, e mão-de-obra altamente qualificada - requisitos que nem sempre possuem. A competição inter-empresarial tornou-se uma questão de sobrevivência. Como o poder das empresas (no domínio de tecnologias de ponta, de capital financeiro, de mercados, de distribuição, etc.) é desigual, logo a globalização beneficia as grandes corporações, operando-se uma concentração de capitais cada vez maior, e uma internacionalização do capital, forçando as economias dependentes a uma inserção no mercado internacional, o que acentua a exclusão social e crescimento da apropriação de riquezas do Sul pelos países do Norte (que usufruem de condições favoráveis ao seu crescimento). Como exemplo, algumas das novas tecnologias têm vindo a permitir a substituição de matérias-primas, enfraquecendo a posição internacional de países cuja economia se centra nas exportações. Os países mais pobres, perdem com a desvalorização das matérias primas que exportam e com o seu atraso tecnológico.

O mercado financeiro, com as corporações é, cada vez mais, aquele que decide sobre os destinos do câmbio, das taxas de juros, da poupança, e dos investimentos, abafando competências que, teoricamente, seriam do pelouro dos governos. Este neo-liberalismo, restringe o papel do Estado na garantia dos direitos dos cidadãos, transformando-os em consumidores numa cultura padronizada de valores difundidos, principalmente, pelos meios de comunicação, e pela educação e políticas culturais oficiais. Esta situação coloca em causa a Democracia, já que os cidadãos perdem influência em detrimento dos grandes grupos económicos.

O poder das multinacionais tem promovido a concorrência entre os Estados. A globalização financeira limita a capacidade dos Estados de procederem a políticas expansionistas, sob o risco de serem submetidos à exclusão do mercado mundial de capitais. Os grandes processos decisórios, são influenciados pelas grandes potências, tornando os países pobres ainda mais pobres, sem verem as suas reivindicações atendidas.

A humanidade assiste a uma nova revolução tecnológica, com um aumento de produtividade que, todavia, rejeita grande parte da mão-de-obra. A classe trabalhadora é progressivamente debilitada devido ao desemprego resultante do maciço investimento tecnológico. Isto gera insegurança colectiva, assistindo-se inclusivamente ao reacender de nacionalismos.

A perda de um emprego acarreta uma desinserção social, e os subsídios estatais não resolvem os problemas da pobreza de longa duração. Assistimos ao crescimento da pobreza e das desigualdades.

A globalização da informação é referida nos meios de comunicação, com particular incidindo as atenções para a Internet. Esta conecta pessoas de vários pontos do globo e, porém, nem todos têm acesso a esta, e menos ainda a uma instrução escolar que possibilite comunicar por escrita, ou conhecer outros idiomas que não o do país de origem.

É, frequentemente, ao serviço do interesse de elites, que estes meios de comunicação operam, já que divulgam as modas impostas pelas multinacionais, padronizando valores culturais e incentivando comportamentos de consumo.

Este consumismo, na opinião de alguns teóricos, conduz ao crescimento do individualismo, já que o indivíduo sente a necessidade de consumir, de ter o que os outros têm e, mais do que isso, adquirir uma maior quantidade de bens em relação aos outros actores sociais.

Mesmo as instâncias tradicionalmente centrais no processo educativo, como a família e a escola, perdem influência quando confrontadas com os media.

As culturas tradicionais correm o risco de desaparecer, em detrimento da cultura dos países economicamente dominantes. A divulgação cultural baseia-se no lucro e vincula-se à imposição de modelos pelas grandes indústrias. Cabe aos responsáveis pelas instituições culturais, imporem-se à corrente, incentivando e garantindo a difusão da diversidade cultural, lutando contra a padronização.

Em resumo: a globalização é um fenómeno extenso e um mecanismo solidificado que apresenta inúmeras respostas a dificuldades com as quais as sociedades sempre se confrontaram, mas acarretando um acréscimo de problemas a todos os níveis da existência humana.








Principiante de Blog!

Caríssimos, é com satisfação que me inscrevi como colaborador para o Blog da GES-FLUP, como tantos outros, sou um principiante nestas coisas, embora me tenha iniciado em Julho 2004, com um Blog no Sapo, http://shst.blogs.sapo.pt a temática trata a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, que é a minha área profissional.
Aos principiantes como eu, deixo uma palavra de encorajamento, para que experimentem e contribuam para a dinimização deste blog, do GRUPO DE ESTUDANTES DE SOCIOLOGIA da FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO.
Pela minha parte, tentarei divulgar ao máximo o blog, é preciso contributos... a ideia de alternar os temas a tratar semanalmente, acho excelente!
Cumprimentos.